a III Trienal de Luanda continua muda ou a falar muito baixinho, ao mesmo tempo que tem se apresentado mais com projectos reciclados e menos com coisas novas, apesar o espaço do Palácio de Ferro seja por si só um projecto novo, que até se encaixa bem no conceito do evento “Da Utopia À Realidade | Da Escravatura Ao Fim Do Apartheid”.
entretanto, apesar de ser o menos importante, tem-se falado muito de política (não cultural), intrigas, disputas e outras coisas fora do contexto do evento num tom cada vez mais agressivo. discordarmos uns dos outros não deveria significar exclusivamente uma coisa negativa... precisamos todos de falar mais e nos ouvirmos mais ainda... como em quase todos segmentos da sociedade angolana, os fazedores de arte também precisam dialogar mais independentemente da opinião que têm, muitas vezes e através da nossa própria arrogância misturamos vezes sem conta o trabalho de determinado artista com a sua vida pessoal ao ponto de querermos decidir que esta pessoa não tem direito a ter opinião por mais absurda e divergente que seja.
entrevista com Fernando Alvim, director da III Trienal de Luanda.
por outro lado, a cidade está satisfeita com o novo espaço.