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30.3.17

CTIJF, mais do que um festival!

o Cape Town International Jazz Festival (CTIJF) está entre os maiores eventos da África do Sul e provavelmente é o maior evento musical de África. Para quem como eu e muitos angolanos sempre acompanhou o festival a distancia, fiquei sempre com a ideia concentrada de que o festival resumia-se num grupo elevado de bandas e músicos que em dois dias davam concertos para um público amante do jazz e não só... mas hoje, olhando as coisas do lado de cá, o CTIJF é muito mais do que um evento que reúne bandas e músicos para um concerto de dois dias. com 17 anos de existência (está será a 18ª edição), o evento não só faz parte do ADN de Cape Town, como enraizou-se por outras inicitaivas que fazem parte da industria musical. 

nas semanas que antecedem os dois grandes dias que acontece o festival, acontecem actividades noutros palcos que por si só deixam já a cidade num ambiente de festa. programas de transferência de competências com treinamento e desenvolvimento sustentáveis, com workshops para diferentes áreas como Carreira Musical, Jornalismo de Arte, Fotojornalismo, Negócio Musical, Master Classes com músicos internacionais, Tecnologia Musical, mas também debates com jornalistas e músicos, iniciativas que acontecem sem qualquer custo para quem estiver interessado, desde que faça uma previa inscrição. há também uma exposição fotográfica sobre a história do festival. 

mas o que mais me impressionou até ao momento foi o Cape Town International Jazz Festival Music and Careers Schools Live Performance, iniciativa que acontece uma semana antes do festival, onde um grupo de bandas de escolas secundarias que participam nos workshops, apresentam-se em palco num show onde estão olheiros da industria musical Sul Africana que procuram futuros artistas. fascinante ver raparigas e rapazes de 14 e 16 anos em palco com performances como se fossem músicos profissionais! 
como em muitos festivais do género, o preço dos bilhetes gera uma discussão porque geralmente são caros para a maioria das pessoas. aqui acontece o mesmo, mas para ultrapassar essa questão, a organização do festival em parceria com o Departamento de Arte e Cultura da África do Sul e o Governo da Cidade de Cape Town organizam dois dias antes do CTIJF o Free Comunity Concert, uma iniciativa que oferece um concerto com entradas grátis acontece todos os anos na Greenmarket Square, uma das praças mais conhecidas da cidade onde algumas bandas do cartaz do festival atuam. o concerto realizou-se ontem e estiveram em palco as americanas En Vougue, os sul africanos Mango Groove, Vudu, Danielle Jacobs, All Star Band e o saxofonista moçambicano Moreira Chonguiça, muito acarinhado pelo público. 

foi uma pequena amostra daquilo que será o Cape Town International Jazz Festival 2017 que acontece nos dias 31 de Março e 1 de Abril aqui na Mother City.

5.3.17

Celebrating a cultural mash-up...

no jornal The Times, uma das melhores definições daquilo que significa a Design Indaba, nas palavras de Ravi Naidoo, Fundador e Director da festival. 

If you could pick a piece of literature for the Design Indaba audience to read, what would it be? 
There isn´t one piece. I don´t believe in subscribing to any ideologies. Design Indaba is about celebrating diversity, hybridity and mashing it all up. We love multiple points of view.

3.3.17

All Night Long

no Design Indaba Festival 2017 a música tem por direito o seu espaço, também por ser este um lugar onde se celebra a criatividade, sendo que num mundo como o que vivemos actualmente o design está presente em quase todos os pedaços da arte. 

All Night Long é a parte do festival que começa depois das talks, num palco para bandas e Dj´s que se apresentam com performances como se fossem spreakrs... sendo que houve o caso da guitarrista americana Kaki King que fez parte da talk da designer Giorgia Lupi e do produtor musical queniano Blinky Bill, ele que depois de uma talk animada apresentou-se ao inicio da noite no palco nightscape levando o publico delírio! mas a noite não ficou por aí... ao final da tarde Native Young, uma banda com uma interessante sonoridade de instrumentos como marimba, djembe, banjo e um instrumento germânico que esqueci-me do nome, tiraram as pessoas daquele conforto de vergonha e timidez. 

em seguida entrou Felix Laband, Dj sul africano que trouce uma sonoridade tradicional misturada com jazz e música clássica que era possível criar mentalmente paisagens sonoras de luz de forma tão emocional, que a determinada altura eu já não conseguia fotografar sem prestar atenção naquela música!