regressei a Paris num momento em que a França vive
uma situação complicada e polémica, que normalmente acompanho a distancia do
ecrã da televisão.
a viagem via Dubai com uma paragem de 3 horas num
aeroporto com um terminal que mais parece um centro comercial de um país
ocidental com excepção das pequenas mesquitas e das muitas mulheres
completamente cobertas que vi num único espaço. apesar de todas as condições (o
Terminal 3 oferece tudo ou quase tudo que um passageiro em transito precisa!)
que quase me fizerem esquecer que estava no aeroporto internacional do Dubai, achei
o lugar esquisito, deslocado e o mais chocante são os sinais bem visíveis da
hipocrisia que existe no olhar que a cultura muçulmana tem dos hábitos e
costumes ocidentais!
entretanto, Paris parece-me uma cidade insegura e em conflito consigo mesma...
uma cidade que apresenta sinais de desconfiança de todos os cantos, onde os
seus habitantes (incluindo turistas) sentem-se na obrigação de escolher o lado
que apoiam numa guerra real e invisível. uns estão do lado A, outros são a
favor do lado B, mas existem aqueles que por estarem por cima do muro são
pressionados pelos dois lados para obrigatoriamente apoiarem um dos lados!
mas ainda assim, existem muitos franceses e não
franceses que acreditam que Paris continua sendo Paris e jamais deixará de ser
a cidade da luz e do amor.