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5.4.17

CTIJF 2017, as minhas escolhas.

melhor sorriso: Dope Saint Jude 
melhor performance: Andra Day 
melhor voz: Siya Makuzeni 
melhor momento: Tsepo Tchola

melhor descoberta: Tune Recreation Committee
 
melhores fãs: Laura Mvula
inesquecível: Nomfundo Xaluva 

no segundo dia do festival organizei-me melhor e consegui ver praticamente todas as bandas e músicos que queria, mesmo que em alguns casos não tenha tido o tempo de ficar até ao final. na verdade, o CTIJF está organizado de tal forma que é mesmo obrigatório organizar-se bem antes de ir ao festival... escolher com prioridade as performances que se quer ver e se sobrar tempo ver mais. o programa, o plano com o a localização do palco e todas informações necessárias para o público, incluindo dos músicos, constituição das bandas e em que palcos se iriam apresentar. com toda essa informação não era difícil organizar um plano de prioridades, mesmo naqueles casos de músicos que desconhecia, porque os textos de apresentação eram tão inspiradores que despertava a curiosidade de qualquer um. 

vi praticamente tudo que queria, e melhor, acredito mesmo que no dia 2 consegui ver os melhores, desde Camilo Lombard com Cape Town Showcase, Thandiswa Mazai que esgotou a sala Rosies, Soweto String Quartet ou Dope Saint Jude, um sonho que perseguia faz tempo mas que ao mudar-me para Cape Town sabia que aconteceria com mais facilidade. 
descobri a Dope Saint Jude por acaso na plataforma Soundcloud e gostei de primeira... depois, li mais sobre ela e tornei-me seguidor. rapper, produtora independente e feminista, foi dos sorrisos mais lindo do festival, provalvelmente pela felicidade de se apresentar em casa. em muitas entrevistas que li, a presença do pais é notável e sempre assume a influencia espiritual que eles tiveram nela, e antes da sua performance não fez diferente, agradeceu a presença do pai que estava no meio do público e começou com os seus Hit Politik
depois pulei com The Rudimentals, meditei com os Tune Recreation Committee, mas foi uma tal Nomfundo Xaluvo que tocou profundamente com a minha estrutura emocional... tocou piano, passou a mensagem, desfilou-se em palco com um lindo vestido (a par da sua corista) e deixou bem claro que que só escreve músicas quando tem alguma coisa para dizer sobre a sua vida e experiências. 
preparei-me para escrever muita coisa sobre a Andra Day e Laura Mvula, duas grandes descobertas que me fizeram sentir distraído e questionar-me como foi possível que elas passaram-me ao lado!!! Andra foi o meu MOMENTO de todo festival... aquilo foi mais que uma performance, aquilo foi uma conversa como ela mesmo fez questão de dizer: hoje vou contar-vos uma história. "Encontrei a minha Amy Winehouse negra!" foi o comentário que alguém deixou depois de postar uma foto dela. 
Renaissance Moon de Laura Mvula foi das coisas mais lindas que já ouvi ao vivo, uma viagem instrumental para um lugar infinito sem explicação... provavelmente foram dela os melhores fãs e talvez por isso tenha sido escolhida para fechar a festa que foi o Cape Town International Jazz Festival 2017, com muitos sorrisos, muitas lágrimas, muitos abraços e muitos suspiros por tudo de bom que se viu e ouviu.