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7.8.16

e tudo continua a funcionar como já funcionava antes...


para um angolano nascido na década de 80, uma eleição não é um acto tão vulgar. com excepção de duas que presenciei em Angola, Portugal foi outro país onde tive a oportunidade  ver como se faz alternância do poder presidencial, partidário e também autarca.

no passado dia 3, aqui em Cape Town a quarta-feira parecia um domingo, e apesar da baixa temperatura o céu esteve limpo e o sol aqueceu o dia. a tolerância de ponto    deveu-se ao acto eleitoral, o primeiro que presenciei num outro país africano, esse continente que tem a fama (e proveito) que os actos eleitorais na maioria dos países geralmente são fraudulentos!

para um turista estrangeiro que pouca importância da as noticias da imprensa local, possivelmente não se aperceberia do acto, num dia que parecia normal como outro onde tudo funcionava como se fosse um domingo qualquer.

ao final da tarde, a promenade encheu de famílias, jovens, crianças, idosos, africanos, asiáticos, europeus, latinos americanos e outras gentes que caminhavam em direcções opostas e com olhar atento no lindo pôr do sol, sem preocupação do dia a seguir.

no dia seguinte, os jornais escreviam que foram umas eleições históricas... desde as primeiras eleições realizadas em 1994 e ganhas por Nelson Mandela, esta foi a primeira “derrota” do ANC.

um acto insignificante para um povo que pode decidir por quem quer ser governado.